quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Texto legal

Este blog foi publicado e é mantido pelos alunos do 2º período do curso de DESIGN DIGITAL da Universidade Anhembi Morumbi visando atender às exigências da disciplina Novas Mídias Digitais e Interativas. Trata-se de uma publicação temporária para propósitos estritamente acadêmicos e sem fins lucrativos.
Em atendimento às exigências da Lei 9.610/98 e do parágrafo 4º do Artigo 184 do Código Penal os alunos responsáveis por esta publicação colocam-se à disposição, através do link abaixo, para dirimir qualquer dúvida referente à eventual violação de direitos autorais, comprometendo-se desde já, a retirar do ar qualquer texto, som ou imagem pertencente a autor ou titular que se sinta direta ou indiretamente prejudicado.

Contato com o Grupo: waldemarcordeiro@yahoo.com.br
Aline de Souza: alinede@hotmail.com

Waldemar Cordeiro

Waldemar Cordeiro sempre se dedicou em tempo integral à arte. Buscando novas formas de integrar o publico com o âmbito da arte. Explorando-a como meio de comunicação, entre o pensamento do artista e o publico. Mostrou e ironizou o erotismo dos anos 60 e fatos e sua indignação com o regime militar. Deixou um vasto repertorio, sobre computador e imagem e a idéia de que o computador é uma ferramenta ideal para a construção, uma cvez que possibilita a pela realização da obra enquanto múltiplo.

Waldemar Cordeiro

Anos 50

Destaque dos anos 50 entre os artistas paulistas, Waldemar Cordeiro atualizava a arte brasileira buscando mantê-la em sintonia com a estrangeira. Ele preocupava-se muito com a fundamentação teórica de seu trabalho, cultivando a teoria e a crítica, portanto procurava manter uma base crítica. Defendia que o artista deveria ser culto, politizado, e essencialmente urbano.
Seus elementos eram baseados na teoria da Gestalt e no Neoplasticismo, e como era contrário à arte figurativa, promoveu o abstracionismo.
Um dos fundadores e teóricos do Concretismo no Brasil em 1956, juntamente com Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos. Cordeiro, inspirado no pensamento teórico de Konrad Fiedler, acreditava que a arte concreta era uma nova "linguagem que exprime o individual, o coletivo, o nacional e o universal a um só tempo".
Em 1952 formula e assina o Manifesto Ruptura em parceria com Geraldo de Barros, Luis Sacilotto, entre outros, que tinha por fim a defesa de novos princípios para a prática artística, teorizando suas idéias. Emprega a proposta de arte industrial, inspirado nos ideais construtivos, e defende a integração do artista com a indústria.


Anos 60

A partir do anos 60 Waldemar Cordeiro revê criticamente o concretismo, levantando questionamentos advindos das tendências neofigurativas internacionais. E começa a se interessar pela arte cinética e pop-arte.
Abre a pratica concreta para relações mais amplas e complexas, formulando princípios de uma arte concreta semântica, e partir disso outros pressupostos nortearam seu trabalho, como a busca por novas estruturas significantes, abordando problemas sociais, criticando a alienação do individuo e o consumismo impostos pelos meios de comunicação de massa, propondo a apresentação das coisas do mundo por meio da obra de arte.
A obra Opera aperta deixava visível seu interesse pela Semiologia e pela Teoria da Informação, alem de sua reivindicação por uma atitude participante do observador. Tratava-se de uma obra variável, impossibilitando a sua cristalização como uma obra fechada. A noção de obra aberta cria uma nova relação com o observador estabelecendo um dialogo interpretativo, permitindo existir a pluralidade semântica
A partir de 1964 seus trabalhos são norteados por uma concepção de obra como mensagem ambígua e por princípios neofigurativos de aproximação do real, recebendo a denominação de popcretos, onde faz a junção da Pop Art Americana com o concretismo, definido também como arte concreta popular ou, como preferia Waldemar, ante concreta semântica.
As obras Massa s/ indivíduos e Popcreto para um popcritico são resultados desta fase, que permitem um interpretação mais ampla. Segundo a autora Helouise Costa (2002) a obra Popcreto para um popcritico pode ser vista como uma manifestação comunista, devido o vermelho, demonstrando nos círculos as imagens de corpos presos e torturados, e baseado na imagem de um olho no centro da imagem, conclui-se que retrata um época de poder centralizado. Ainda segundo a visão da autora, Massa s/ indivíduos problematiza questões políticas de uma maneira mais explicita, onde uma personagem, por meio da sucessão de recortes de fotos de comícios, destaca-se, sublinhando a importância do individuo na coletividade e o papel histórico das massas.
Nesta fase Cordeiro explora o âmbito das letras. A obra Texto Aberto usa a estratégia de retalhamento, oferecendo a oportunidade de uma interação mais direta com o objeto artístico.
Cordeiro explica que a Nova Figuração vale-se do principio as montagem e prega um novo tipo de realismo, calcado na vida urbana dos centros modernos industriais. Um realismo brutal, vinculado ao momento político – a instauração do Regime Militar – que despertou no artista a vontade de oferecer ao publico estímulos que os levassem a refletir sobre o contexto histórico e social de sua época.
As obras exigiam que a participação do observador fosse através de uma ação direta sobre o trabalho, como Texto Aberto, ou por deslocamento corporal no espaço, como a obra Rebolando, que apresenta com ironia e o humor a legenda ‘Agite nesse sentido’, que tinha como resultado o movimento ondulado da musa Marilyn Monroe, conforme o observador se deslocava olhando para o fundo do garrafão.
Em algumas das obras o publico não deve tocar nas obras, mas deslocar-se no espaço. As obras utilizam lentes de aumento, situadas frente às imagens fotográficas, como Seio e Individuo s/ massa.
Em 1967 Waldemar produz a obra O Beijo, onde releva cruamente a natureza mecânica, pois a boca nunca atinge seu destino, pois estilhaça-se antes.
Para Cordeiro o emprego do ready-made (objetos industrializados) possibilitava ler a arte diretamente, no mundo das coisas, sem recorrer a representações abstratas.


Anos 70
Através de pesquisas, encontra no computador a possibilidade de trabalhar com imagens eletronicamente. A partir de 1968, procura concentrar seus estudos em um modo de utilizar o computador de forma artística. Cria então o neologismo Arteônica, que seria a fusão das palavras arte e eletrônica, para designar o resultado dessas novas pesquisas. Encontrando dificuldades em lidar com o computador, Waldemar Cordeiro consegue um parceiro para seus estudos, que possuísse experiência nessa tecnologia: o físico e professor da USP Giorgio Moscati, que assim como Cordeiro, gostaria de relacionar seus conhecimentos à outra área.
Já no fim de sua vida, realiza um novo tipo de experiência utilizando a impressão em plotter de quatro cores, que desenha as imagens de forma direta, não sendo mais por sobreposição de sinais gráficos, como anteriormente.


Biografia
http://www.visgraf.impa.br/Gallery/waldemar/catalogo/catalogo.pdf
http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/roteiro/PDF/17.pdf
COSTA, Helouise; BOEHRINGER, Vivian. Waldemar Cordeiro e a fotografia: Arte Concreta Paulista. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Obras

Movimento - 1951

Popcreto para um popcrítico - 1964

Massa sem indivíduo - 1964


Indivíduo sem Massa- 1966

Grau 0
Derivadas de uma Imagem- 1969

Grau 2

Pirambu - 1973

Grupo

Integrantes:
Aline de Souza
Denis Mateo
Eduardo Nora
Fernando Fernandes
Leandro Augusto
Rafael Picolo

Disciplina:
Novas Mídias Digitais e Interativas

Universidade Anhembi Morumbi
Design Digital - 2/2009

A mulher que não é B.B - 1971

A Mulher que não é b.b., o artista fazia combinações de dígitos
(algoritmos) que reduziam a imagem ao mínimo de informação. Permitia que
uma porcentagem de combinações binárias fosse decorrente de escolhas ao
acaso da máquina, abrindo a possibilidade para o inusitado, para a
imprevisibilidade ou para a introdução de um ruído na linguagem numérica, que
interfere na percepção da imagem.

A idéia visível - 1956


Em primeiro lugar, aparecem aqui pela primeira vez as características que
marcariam a pintura de Cordeiro nos anos seguintes à exposição Ruptura: o uso de linhas espessas e de apenas três cores: o vermelho, o negro e o branco. A execução em linhas
grossas faz com que a imagem tenha um aspecto menos de "diagrama" e mais de sinal,
signo ou ícone visual. A imagem é, por assim dizer, "mais coisa": as linhas espessas tornam
os objetos geométricos mais "palpáveis", ou seja, mais perceptíveis, e assim elas dispõem o
olhar mais à percepção que à análise.